Ju-Jitsu. uma lição de humildade e gestão de pessoas.

Para ser sincero não sei muito bem de onde vem o Ju-Jitsu. Não conheço a filosofia por de trás. Nada.

A única coisa que sei, é que tive contacto com esta disciplina da luta enquanto assistia aos combates do UFC. No início odiava quando a luta ia para o chão.

Parecia que o melhor lutador perdia sempre e que não acontecia nada ali. Com o passar do tempo fui percebendo que aconteciam muitas coisas mas em fracções de segundo. E recentemente, comecei a considerar o Ju Jitsu como a arte marcial que exige mais inteligência. Daí até à inscrição foi um passo. Ia ser fácil.

No trabalho, quem me conhece, sabe que sou bastante exigente com as pessoas, e ás vezes perco a paciência: exalto-me, gesticulo, sou bruto. Para mim tudo parece tão fácil que não percebo como os outros não chegam ao mesmo sítio, à mesma velocidade.

Ontem enquanto estava deitado no Tatami, e a cada exercício, não me lembrava exactamente do que fazer, o meu parceiro ajudava. Pensei em quem trabalhava comigo.

Este parceiro, alguém que nem sei o nome, deixou-me repetir vezes sem conta os mesmos exercícios, explicava com toda a calma, exibia uma paciência sem limites. Eu quase sentia vontade de pedir desculpa por ser tão mau…

E então pensei, como seria ali no Tatami se eu fosse o parceiro experiente perante alguém com muito menos treino? Começaria impaciente? gritaria? chamar-lhe-ia nomes…???

E como seria se o meu parceiro experiente fosse assim? Como isso me faria sentir? Provavelmente ficaria tão frustrado que não voltaria ao Tatami.

Obrigado ao meu parceiro de treino desconhecido e ao Ju-Jitsu pela lição.

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